sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Somando forças...

ontem a tarde, 29 DE SETEMBRO DE 2011, partiu da superfície terrestre uma figura incrível, que foi brutalmente atropelado na calçada de sua rua por um ônibus da linha 777 no domingo a noite. E se encontrava em coma até ontem a tarde, quando desencarnou vítima de parada cerebral; LEONILSON WANDERLEY DA SILVA, meu Tio Nilsinho ou "SEBINHO" (o cara era enjoado mesmo:) para os mais íntimos. Nasceu e foi criado na Rua Limites, nº 725. Onde teve o extinto bar BANBUZAL, palco de diversos eventos locais. Neste lugar LUTOU CONTRA ALGUMAS ENCHENTES ANUIAIS, que insistem em arrastar tudo que encontram pela frente inclusive dentro do quintal do Próprio NiLSINHO, por onde passa o Rio Catarina, em péssimas condições de saneamento e drenagem, fruto do descaso dos políticos locais, que desviam a verba e insistem em dizer que o problema desse rio já foi resolvido..(REVOLTA!). Neste mesmo endereço, Nilsinho deixa esposa e filho de 17 anos, além de deixar um enteado, uma filha e um netinho japonês:)... NILSINHO FOI MAIS UMA VÍTIMA DESSE SISTEMA DE MERDA, ONDE SÓ O QUE IMPORTA É O LUCRO... Não sei se o motorista do episódio teve culpa, mas alguém aí por acaso, não parou pra pensar que as linhas de ônibus que nos "vendem" seus serviços, se tornaram EXTREMAMENTE perigosas, ao dispensarem cobradores, e SOBREcarregarem os motoristas de dirigir, nesse trânsito de merda, pegar e soltar os passageiros, e ainda por cima RECEBEREM E DAREM O TROCO AOS PASSAGEIROS(???)... Tá na hora de mudar gente, mudar costumes, mudar políticos, mudar empresários, MUDAR DE VEZ quem está no poder, sem se preocupar com quem está em baixo, A GENTE!.. Nas próximas eleições, fiquem ligados nos corruptos engravatados de sorriso sem graça, que iludem vocês de 2 em 2 anos, e principalmente nos falsos profetas que vão começar e se candidatar, e mesmo sem fazer nada por vocês, ainda tem suas fotos penduradas em suas casas, esses filhos das putas tinham que ter suas fotos penduradas no dia de malhar Judas!...
A perda desse homem engraçado pra caramba e "quase" sempre disposto a ajudar quem precisasse, vai deixar saudades pra muitas pessoas. Pra mim; primeiro por ser meu tio e me ensinou coisa pra caralho. Segundo por que; se eu ando de skate é por causa dele também. E terceiro porque Nilsinho (aos 19 anos), foi a primeira pessoa que eu (ainda criança) vi ser tatuado, inacreditalvelmente pela MINHA MÃE! Não sei se por isso virei tatuador, mas sei que quando comecei a tatuar, por conscidência aos 19 anos, foi ele também uma das primeiras pessoas a colocarem a pele pra jogo... Obrigado cara, obrigado por tudo, obrigado principalmente pela confiança... Ontem a noite, quando recebi a notícia do tal falecimento, me recolhi no meu canto, pra chorar minha enorme insignificância e ao olhar pro céu, encontrei um lindo filete de lua, que mais parecia um sorriso... Foi bom ver essa imagem, e sem revolta e sem mágoas com nada e com ninguém, essa é a imagem que eu quero ficar do meu Tio Nilsinho, Um cara cabeça-dura, "seboso", mas que fazia a gente RIR PRACARALHO!
Tenho certeza que agora com ele no céu, Deus vai dar gostosas gargalhadas. E minha "Vó Jurema" vai recebê-lo de braços abertos e com aquele doce sorriso de sempre:)
Paz.

sábado, 24 de setembro de 2011

LADO-A-LADO

Posso chorar
Posso sorrir
E te matar
E me ferir          
Mas no meu gosto
Meu desgosto
Ninguém vai interferir
Tenho as setas
Direções
Contra mão
meus arranhões, meu caminho, destino e
desatinados descaminhos.
Aos grilhões, eles só me prendem,
me torturam, me tonteiam
mas não derrubam.
Minha cama eu mesma faço
Desfaço os laços que já criei
Deixo desejos em coma
por lugares onde nunca passarei.
Se resumo, me consumo.
Sou inteira, intensa e toda
E se consumida por essa derradeira solidão
Bato os pés com força
intimido o ego de quem diz ser infantil
minha doce ilusão.
Por vezes, sei, vou me escurecendo,
obscurecendo
ofuscando meus desejos,
silenciando sentidos
Parar dar voz aos caprichos,
até o dia em que de tanto me curvar, tocarei o chão.
Não o chão dos decaídos, enfraquecidos, esquecidos e exilados
encarcerados em suas próprias paixões.
Tocarei o chão dos céus dos que quase tudo viram
 simplesmente por terem sentido.
E nesse dia,
Arrancarei seus pés do pedestal de arame que criaste
e você solto
sem amarras, pedestal, arame e farpas
Entenderá o lado que escolhi viver.
Livre de si mesmo
Se livrará dos grilhões que te torturam
e que me tonteiam
e talvez passe a entender que também podes chorar
Podes sorrir
E me matar 
e me ferir.
Pois agora os seus gostos seus desgostos,
Fazem eco com meus sons
meus sonhos coloridos e seus tons enfurecidos
Sem ferrugem
Ranhuras e agruras
Só eco,
Sintonia
Maestria
Ritmo
Compasso
Passo
Laço.
Lado-a-lado
Abraço
Mão.

domingo, 28 de agosto de 2011

Só para constar

UFC??? Como assim perder tempo vendo gente dando e ganhando socos e sei lá mais o quê? Arena medieval... Por que o ser humano ainda gosta disso, por que a gente ainda se diverte em volta de arenas e violências? Será que alguém assistiu um documentário de um garoto que ficou amigo de um peixe boi ou qualquer outra coisa que o valha sem ser um ser querendo se sobrepor ao outro com violência e uma gana competitiva desenfreada? Não sei o nome do cara que ganhou, não sei o nome do cara que perdeu, mas eu fico realmente encafifada com esse lance de vibrar com violências. Um passo para a "satisfação com o sucesso de qualquer desastre". Prefiro as delicadezas. Outro dia li em algum lugar e escutei em uma música que "quem dá flor a um irmão, antes perfuma a própria mão" e se eu me alimento desse tipo de "diversão" , de que será que estou me nutrindo? Ficam aí as minhas dúvidas e minha preocupação quanto ao gosto pela violência, quanto ao vibrar pelo ser humano mais vigoroso fisicamente em detrimento de deixar passar despercebida tantas delicadezas incutidas nos entre meios da vida que se dá  a todo momento. Usemos sim nossos impulsos primitivos, não podemos negá-los, muito menos fingir que não existem, mas vamos parar com essa vontade de sangue, de ver alguém esbofetear o outro e torcer por isso. Vamos vibrar com as cores do artista, com mais um acorde incrível de uma música, com o dia ensolarado, com a chuva caindo, com outro giro da bailarina... Chega de bater palmas para as cabeças rolantes servidas em baixelas.


sábado, 20 de agosto de 2011

Junho de 1976

Minha saudade mede 1,90
Minha saudade tem olhos vivos
Sorriso aberto
E braços embaraçados bem no meu pescoço
Minha saudade tem pés enormes, de bagunçar tapetes
E cabelos como os meus, só que curtos.
Minha saudade tem cheiro no pescoço
Que é igual ao que eu sinto quando abraço minhas pernas e encosto meu nariz no meu joelho.
Minha saudade tem nome!
O sobrenome igual ao meu.
Minha saudade é filho dos meus pais
E irmão do meio, entre o mais velho e eu.
Minha saudade dança quando anda
E de tão grande, enverga pra ficar mais perto de nós.
Minha saudade aparece nos meus olhos
Explode no meu peito
E dói bem na boca do meu estômago.
Minha saudade me acorda todas as manhãs
Me dá BOM DIA!
Me diz pra seguir
Mas teima em dizer
Que sempre estará ali.
Minha saudade me saúda na alegria
É ardente na tristeza
E sempre me brinda na euforia.
Minha saudade as vezes é lágrima,
As vezes dói
As vezes sorri.
Minha saudade...
Tem nome, sobrenome...
E ocupa um lugar pra sempre em mim.

18 de junho de 1976

APRENDENDO

Caraca! Tô aprendendo a mexer nesse troço e achei umas fotos que nem sabia que existiam... Também não sei como apagar as que não quero e nem como encontrar fora dos meus arquivos o que desejo. Bem, enquanto não aprendo vou me aventurando, sei que isso nem é relevante, mas para que futuramente isso começe a dar certo...
Por enquanto fica uma dica do que estou ouvindo agora, com a dica para quem se interessar dar uma olhada numa garotinha cantando com o pai dela essa mesma música.
Vídeo arte, na minha leiga opinião, sem falar nos outros trabalhos desses caras.
Bjs!!!